Wednesday, October 26, 2005
Tuesday, October 25, 2005
Sunday, October 23, 2005
TALKING ABOUT ...
Existe um momento na vida de cada um de nós em que pensamos ser o único no mundo. Somos então a única pessoa a fantasiar o tocar e ser tocado por outro homem, trocar carinhos, beijar, fazer amor ou fuder dependendo da tusa ou da ilusão... então conhecemos alguém ou alguma situação se nos é imposta e de um momento para outro todo um universo até então desconhecido se nos abre à frente.Sentimos estranhos e sós, abafados pelos nossos medos: Botas? Como é possível que tenham este poder de atração sobre mim? E por aí adiante...
Assim como o primeiro beijo, o primeiro homem, a primeira foda, veio também o o primeiro a partilhar a mesma fantasia, a mesma paixão pelas botas militares, botas de polícias, o som abafado das botas a marchar, os seus exércitos... os homens rudes e trabalhadores com suas botas de borracha... sujos... pescadores, bombeiros... aí então, aparece alguém com um fantasia ainda mais requintada, mais sofisticada e mental, que acrescenta algo mais, algo de lúdico e que lateja em estado de potência.
Voltar às brincadeiras de infância ou adolescência onde rapazes brincam de matar uns aos outros, como herois e bandidos...o castigo aos maus...eles bem que merecem...ser em humilhados em suas poses e arrogâncias.
As vezes eu penso que filmes série B onde encontramos uma violência exagerada e barata, onde a morte que se morre é de plástico, são em tudo semelhantes aos filmes pornográficos, talvez a grande generalidade das pessoas não pensam sobre o quanto estes se tocam, os orgasmos atingidos nestes reproduzem os sons das cenas violentas nos outros e vice-versa, e são exatamente estas cenas violentas onde os bandidos são surpreendidos pela metralha, ou os orgamos excessivos que arrancam risos à plateia, sobretudo e quase apenas na audiência masculina.
Uma experiência plurisensorial, todos os sentidos alertas para o climax final...e afinal, não era apenas um no mundo...
Existimos e estamos espalhados por todos os continentes.
TALKING ABOUT ...
There is a moment in everyone’s life in which we believe to be unique in the whole world. We are as if the only person who fantasizes touching and being touched by another man, changing affections, kissing, making love or fucking, depending on how horny you are or on your delusions… so when we come face to face with somebody or with a given circumstance imposed upon us, all of the sudden a whole new universe, never before unveiled, is suddenly revealed. We feel estranged and alone, muffled by our fears: Boots? How it is possible that they have such an attractive power on me? And so on…
Along with the first kiss, the first man, the first fuck, came along the first one to share the same fantasy, the same passion for military boots, police boots, the sultry sound of marching boots, its armies... the rough and working class men with their dirty rubber boots... fishermen, firemen... suddenly, someone comes along with an even more sophisticated fantasy, more cerebral, which adds something up, something playful and with a latent potential.
A revisit to our games played as children or adolescents, in which youngsters play of killing each other, of heroes and outlaws... the evil must be punished... they very much deserve it... to be humiliated in their pose and arrogance.
I sometimes believe that series B movies, overflowing with exaggerated and cheap violence, where the died death is a plastic death, are in every way similar to pornographic flicks, perhaps the great majority of people don’t consider how much similarities there are here, the orgasms reached in these films reproduce the sounds of the violent scenes in the above mentioned, and vice versa, and it is these specific violent scenes, where outlaws are surprised by the shrapnel or the extreme orgasms, which pull out laughs from the audience, mainly and almost exclusively the masculine one.
A plural-sensorial experience, all senses alert towards the final climax... and after all, he wasn’t by himself in the world...
we’re here and are spread by all continents.
IMAGINÁRIO E REFERÊNCIAS
Os Westerns Spaghetti e filmes de guerra dos anos 60 sâo as fontes e as referèncias desta pesquisa. Os filmes realizados por Sergio Corbucci como DJANGO (1966) e THE MERCENARY (1968), Enzo G. Castellari INGLORIOUS BASTARDS (1978), Jose Luis Merino HELL COMMANDOS (1970 ), Bitto Albertini WAR DEVILS ou THE LEOPARDS OF WAR (1969 ), são exemplos perfeitos onde em cada e uma única sequência podemos encontrar reunidos todos os fetiches que queremos trabalhar neste documentário: BOTAS, UNIFORMES e MORTE, compondo um cenário e figurinos perfeitos para um inominável prazer fetichista:
VIVENCIAR O RIDÍCULO como ponto de partida para se atingir o ORGASMO.
Não seria possível activar esta paixão de maneira aleatória. Não são compatíveis com este fetiche qualquer tipo de botas, uniformes ou mesmo uma forma banal de morrer.
Esta morte tem que transcender por si mesma não só a violência do acto mas há que tocar incisivamente no ridículo, no pudor e na humilhação: um soldado convencido da sua virilidade e poder arrogante é surpreendido pela rajada de uma metralhadora e tomba de maneira exagerada e impotente perante o fogo mortal.
Saturday, October 22, 2005
IMAGERY AND REFERENCES
Spaghetti Westerns and war films of the sixties are both the source and reference of this quest. The films directed by Sergio Corbucci, such as THE MERCENARY (1968) and DJANGO (1966), Enzo G. Castellari’s INGLORIOUS BASTARDS (1978), Jose Luis Merino’s HELL COMMANDOS (1970), Bitto Albertini’s WAR DEVILS or THE LEOPARDS OF WAR (1969), are all perfect examples in which in each single sequence we find all fetishes explored in this documentary combined: BOOTS, UNIFORMS and DEATH, creating perfect sceneries and attires for an unnamable fetishist pleasure:
TO LIVE THE RIDICULE as starting point towards the ORGASM.
It would be virtually impossible to stimulate this passion in a casual fashion. Any old sort of boots, uniforms or even a banal way of dying would not be compatible with this fetish.
This death has in itself to transcend not only the violence of the act, but it also has to have an incisive touch of the ridiculous in the embarrassment and humiliation: a soldier smugly sure of his virility and arrogant power is surprised by a burst of machine gun fire and preposterous and impotent he falls dead in a hail of fire.
OS FETICHES: O INOMINÁVEL, OS UNIFORMES E A QUEDA
A busca do poder e o manter do mesmo pela força, como poderia eu baptizar este fetiche? Porque é de um fetiche que se trata, não se trata da busca deste poder real mas da tusa que esta situação hipotética causa.
Tarefa impossível, sem tradução, assim, deixo-me levar pela extrema beleza cenográfica que este conjunto me propõe nos planos físico e mental
THE FETISHES: THE UNNAMABLE, UNIFORMS AND THE CLIMAX
What can one call the fetish that is the search for and maintenance of power?
For it is a fetish, it is not a search for real power but for the tumescence that this hypothetical situation causes.
An impossible task, untranslatable, nevertheless, I am carried away by the extreme scenic beauty that this ensemble suggests at the physical and mental level
NAZIS
Os NAZIS, nunca nenhum exército primou tanto pela estética de seus uniformes, aliados a esta beleza encontra-se associada a ideia do Mal.
Nascido na civilizada Europa este movimento representa não só a vergonha, mas também inspira muitas conciências e governos e políticas camufladas.
Não obstante e em contradição à sua realidade política existe um grande número de fetichistas que idolatram este uniforme e sua representação bastando-se-lhes este culto no plano sexual
THE NAZIS
The NAZIS, never before had any army primed in such a way on the aesthetics of its uniforms, allied to this beauty is the idea of the Evil.
Born in the civilized Europe, this movement not only represents the shame, but it also inspires many camouflaged consciences, governments and politics.
In contradiction to its political reality, there are a great number of fetishists who idolatrize this uniform and the cult of its representation being enough for them sexually speaking
AS BOTAS, OS SONS E OS CHEIROS
Jamais o homem criou objecto mais belo e requintado que a bota.
Símbolo de poder, masculinidade sempre pronta a dominar ou ceder perante a fúria do que não se domina.
Bela e sensual com o prodígio de combinar odores e sons inimitáveis. O cheiro do couro e suor misturados, compondo uma sinfonia minimalista ao marchar em qualquer solo.
Os sons combinados da metralhadora e os gritos de dor e surpresa proporcionam o fundo musical desta dança macabra onde cada soldado compõe a sua própria coreografia da QUEDA
BOOTS, SOUNDS AND SMELLS
Never before has Man created a more fascinating and elegant object than the boot.
Symbol of power, of masculinity always prompt to dominate or yield before a frenzy that cannot be subjugated.
Beautiful and sensual, and with the prodigious sense to combine unique odors and sounds. The mixed odor of sweat and leather composing a minimalist symphony on marching in any ground.
The combined sounds of machine gun and cries of pain and surprise provide the musical background to this macabre dance where each soldier composes his own choreography of the DOWNFALL
CONCEITO
No meu percurso pessoal, onde a estética dos corpos sempre foi determinante, nunca me deixei convencer ou contentar com os padrões convencionais de beleza ou quaisquer referências pictórica ou escrita.
O BELO é um atributo exclusivo de nossos olhos e na beleza das sensualidades e desejos a única salvação é ceder ao nosso pau. Os sentimentos e o mental são proibidos sob pena de sermos castigados pela perda da nossa tusa.
Não há espaço para mentiras, não há espaço para executar nada para o outro. Estamos para além do nosso altruísmo, dos nossos medos e, sobretudo, de qualquer tipo de moda. O outro não existe e o eu está reduzido ao desejo.
A tusa faz-se Deus e você entrega-se-lhe em paixão.Teatro, ballet, belas-artes, publicidade, moda e cinema, meios que vivi profissionalmente desde muito jovem, sempre foram meios coniventes com a tirania dos cânones estabelecidos.
BASTA! Meu pau define o cânone na minha selecção de modelos, minha tusa decide a mais bela forma de representá-los. As posições académicas, estáticas ou em movimento, o retesar dos músculos em posições de competições atléticas ou movimentos de leveza sensível como em qualquer coreografia, seja ballet ou tango, não me tocam em absoluto, são corriqueiros comparados à beleza que o corpo masculino pode mostrar no acto da queda.
A morte que vem de forma violenta, o descontrolo dos músculos perante os projécteis quebram definitivamente a monotonia do instituído e nos dá uma “figura” caótica, desestruturalizada, BELA. Os músculos da face em particular, ao passarem da surpresa à dor e finalmente, à constatação do que é definitivo, quase uma perda, este descontrolo físico estampado na face de um macho reproduzem de forma soberba um dos nossos momentos mais verdadeiros quando nos permitimos: O ORGASMO
O BELO é um atributo exclusivo de nossos olhos e na beleza das sensualidades e desejos a única salvação é ceder ao nosso pau. Os sentimentos e o mental são proibidos sob pena de sermos castigados pela perda da nossa tusa.
Não há espaço para mentiras, não há espaço para executar nada para o outro. Estamos para além do nosso altruísmo, dos nossos medos e, sobretudo, de qualquer tipo de moda. O outro não existe e o eu está reduzido ao desejo.
A tusa faz-se Deus e você entrega-se-lhe em paixão.Teatro, ballet, belas-artes, publicidade, moda e cinema, meios que vivi profissionalmente desde muito jovem, sempre foram meios coniventes com a tirania dos cânones estabelecidos.
BASTA! Meu pau define o cânone na minha selecção de modelos, minha tusa decide a mais bela forma de representá-los. As posições académicas, estáticas ou em movimento, o retesar dos músculos em posições de competições atléticas ou movimentos de leveza sensível como em qualquer coreografia, seja ballet ou tango, não me tocam em absoluto, são corriqueiros comparados à beleza que o corpo masculino pode mostrar no acto da queda.
A morte que vem de forma violenta, o descontrolo dos músculos perante os projécteis quebram definitivamente a monotonia do instituído e nos dá uma “figura” caótica, desestruturalizada, BELA. Os músculos da face em particular, ao passarem da surpresa à dor e finalmente, à constatação do que é definitivo, quase uma perda, este descontrolo físico estampado na face de um macho reproduzem de forma soberba um dos nossos momentos mais verdadeiros quando nos permitimos: O ORGASMO
CONCEPT
In my personal progress, where body aesthetic has always been decisive, I have never been convinced or content with conventional standards of beauty or any pictorial or written references.
BEAUTY is an attribute exclusive to the beholder and in the beauty of sensuality and desire the only salvation is to yield to the prick. Sentiments and thought are prohibited under threat of being punished by the loss of our erection.
Tumescence becomes God and we submit in passion.The theatre, ballet, fine arts, advertising, fashion and the cinema, areas in which I have lived professionally since of young age, have always tacitly connived with the tyranny of established canons.
ENOUGH! My penis defines my canon in my selection of models; my tumescence decides the best way to represent them. Academic positions, static or moving, tensing muscles in athletic pose or sensitive lightness of movement as in any choreography, whether it is a ballet or a tango, leaves me completely unaffected; they are commonplace compared with the beauty exhibited by the male body in the act of climax.
Deaths arriving in a violent form, muscles out of control as bullets definitively break the monotony of the established and present a destructured “figure” in disarray, BEAUTIFUL. The facial muscles in particular, go from surprise to pain and finally to the realization of what if ultimate, almost a loss, this physical lack of control stamped on the face of a macho male superbly reproduces one of our most authentic moments when we allow it: THE ORGASM
BEAUTY is an attribute exclusive to the beholder and in the beauty of sensuality and desire the only salvation is to yield to the prick. Sentiments and thought are prohibited under threat of being punished by the loss of our erection.
Tumescence becomes God and we submit in passion.The theatre, ballet, fine arts, advertising, fashion and the cinema, areas in which I have lived professionally since of young age, have always tacitly connived with the tyranny of established canons.
ENOUGH! My penis defines my canon in my selection of models; my tumescence decides the best way to represent them. Academic positions, static or moving, tensing muscles in athletic pose or sensitive lightness of movement as in any choreography, whether it is a ballet or a tango, leaves me completely unaffected; they are commonplace compared with the beauty exhibited by the male body in the act of climax.
Deaths arriving in a violent form, muscles out of control as bullets definitively break the monotony of the established and present a destructured “figure” in disarray, BEAUTIFUL. The facial muscles in particular, go from surprise to pain and finally to the realization of what if ultimate, almost a loss, this physical lack of control stamped on the face of a macho male superbly reproduces one of our most authentic moments when we allow it: THE ORGASM