Saturday, October 22, 2005

CONCEITO

No meu percurso pessoal, onde a estética dos corpos sempre foi determinante, nunca me deixei convencer ou contentar com os padrões convencionais de beleza ou quaisquer referências pictórica ou escrita.
O BELO é um atributo exclusivo de nossos olhos e na beleza das sensualidades e desejos a única salvação é ceder ao nosso pau. Os sentimentos e o mental são proibidos sob pena de sermos castigados pela perda da nossa tusa.
Não há espaço para mentiras, não há espaço para executar nada para o outro. Estamos para além do nosso altruísmo, dos nossos medos e, sobretudo, de qualquer tipo de moda. O outro não existe e o eu está reduzido ao desejo.
A tusa faz-se Deus e você entrega-se-lhe em paixão.Teatro, ballet, belas-artes, publicidade, moda e cinema, meios que vivi profissionalmente desde muito jovem, sempre foram meios coniventes com a tirania dos cânones estabelecidos.
BASTA! Meu pau define o cânone na minha selecção de modelos, minha tusa decide a mais bela forma de representá-los. As posições académicas, estáticas ou em movimento, o retesar dos músculos em posições de competições atléticas ou movimentos de leveza sensível como em qualquer coreografia, seja ballet ou tango, não me tocam em absoluto, são corriqueiros comparados à beleza que o corpo masculino pode mostrar no acto da queda.
A morte que vem de forma violenta, o descontrolo dos músculos perante os projécteis quebram definitivamente a monotonia do instituído e nos dá uma “figura” caótica, desestruturalizada, BELA. Os músculos da face em particular, ao passarem da surpresa à dor e finalmente, à constatação do que é definitivo, quase uma perda, este descontrolo físico estampado na face de um macho reproduzem de forma soberba um dos nossos momentos mais verdadeiros quando nos permitimos: O ORGASMO

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