DIDIER ERIBON IN LISBON
DIDIER ERIBON in Lisbon at Instituto Franco-Português - September 16th 2005
photo by Celso Junior
Conferência inaugural
Opening Lecture
Didier Eribon - “L’histoire comme politique”
Les cultures gays et lesbiennes, et plus généralement les réalités gays et lesbiennes, ont longtemps été négligées ou occultées - quand elles n'étaient pas tout simplement censurées - par la recherche universitaire. Il est nécessaire -et crucial - de retrouver ce que l’on pourrait appeler, en reprenant une expression de Foucault, ces “savoirs assujettis”. Non seulement pour mieux connaître la richesse et la diversité de ce que les dissidents de l’ordre sexuel ont produit – dans la littérature, l’art, la politique, les modes de vie, etc.- au cours, notamment, du siècle qui vient de s’écouler, et en analyser l’héritage contemporain; mais aussi pour mieux comprendre les enjeux du présent à la lumière de ce passé restitué, comme on le montrera à partir de l’exemple des débats sur le “mariage homosexuel”.
“A história como política”
As culturas gay e lésbica, e de maneira mais geral, as realidades gay e lésbica, foram longamente negligenciadas ou ocultadas – quando não eram muito simplesmente censuradas – pela investigação universitária. É necessário – e crucial – reencontrar aquilo que poderíamos chamar, retomando uma expressão de Foucault – esses “saberes dominados”. Não apenas para conhecer melhor a riqueza e a diversidade daquilo que produziram os dissidentes da ordem sexual – na literatura, na arte, na política, nos modos de vida, etc. – mas, nomeadamente, no decurso do século que acabou há pouco, e analisar a sua herança contemporânea; mas também para compreender melhor aquilo que está em questão no presente à luz desse passado restituído, como se mostrará a partir do exemplo dos debates sobre o “casamento homossexual”.
“History as politics”Gay and lesbian cultures and, more broadly, gay and lesbian realities, were long neglected or concealed – or even simply censored – by academic research. It is necessary – and crucial – that we once again find that which we could define – quoting Foucault – as “dominated knowledge”. Not only better to understand the richness and diversity of what has been produced by dissidents of the sexual order – in literature, the arts, politics, lifestyles, etc. –especially in the twentieth century, and to analyse its contemporary heritage, but also better to understand what this regained past means for the present, as will become clear for instance in the debates over “homosexual marriage”.
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