Thursday, February 02, 2006

REFERENCE: FILM - OVERKILL (2003)




OVERKILL

EUA, USA 2003
Realização/Director: A. H. Waugh
video – 30’– cor/colour
Intérpretes/Cast: Evan Loren, Will Peace, Dana McClure, Scott Johnson, Jesse Dean, Xavier Capela, Derek Dyrda, Leo Drulers, The Greek Brothers, Tomas Westlake, A. H. Waugh
v.o. inglesa /original English version

Se a expressão francesa "La Petite Mort" equipara o orgasmo à morte, não poderá o contrário ser verdade: que a própria morte pode ser um pouco orgásmica?É esse o pressuposto implícito em "Overkill", do realizador americano A. H. Waugh. Filmado na Florida, E. U. A., "Overkill" oferece um pesadelo recorrente de combate masculino e morte que é claramente sugestivo de fantasia homoerótica.
Uma dúzia de homens jovens e de rapazes encurralados numa selva interminável são tanto caça como caçadores; cada um irá repetidamente matar e ser morto até apenas restarem três... contudo, quem terá planeado isto, e como irá terminar?
Uma combinação de acção real com técnicas de animação inovadoras é utilizada para exprimir de uma forma gráfica até agora nunca vista o regozijo de matar e o falecimento orgásmico dos vencidos.
O combate homem-a-homem desapareceu virtualmente do mundo civilizado;
contudo, muitos homens parecem estar ligados a um instinto primário, subconsciente, de experimentar contacto físico com um adversário masculino, de dominar pela força física ou pela astúcia, e finalmente de despachar o adversário conquistado de uma forma deliberada e sádica, frequentemente impalando-o com uma arma; o simbolismo visual deste acto é tudo menos subtil.
Este instinto para muitos homens tem um subtexto sexual estimulante, e não é de forma alguma um fenómeno exclusivamente homossexual; de facto muitos homens heterossexuais reagem a este instinto e representações mais subtis do mesmo são frequentemente encontradas na cultura pop (por exemplo, no “Fight Club” de David Fincher), apesar de raramente abordado directamente.
"Overkill" apresenta uma expressão fantasiosa deste fétiche, com todas as suas peculiaridades; o filme não é acerca de violência sangrenta e espantosa; de facto, os ataques e as mortes são apresentados de uma forma idealizada, idílica, cujas verdadeiras origens só se tornam claras na conclusão, a qual torna claro que esta fantasia se infiltrou na cultura popular de forma mais profunda do que qualquer um de nós alguma vez sonhou!

If the French expression “La Petite Mort” equates orgasm with death, cannot the reverse also be true: that death itself can be a little orgasmic?
That is the proposition underlying “OverKill”, from American filmmaker A. H. Waugh.
Filmed in Florida, U. S. A., “OverKill” offers a recurring nightmare of masculine combat and death that is clearly suggestive of homoerotic fantasy.

A dozen young men and boys trapped in an endless jungle are both hunted and prey; each will repeatedly kill and be killed until only three are left...yet who has arranged this, and how will it end?
A combination of live action and innovative animation techniques are used to express in heretofore unseen graphic fashion the exhilaration of the kill, and the orgasmic demise of the vanquished. Man-to-man combat has virtually disappeared from the civilized world, yet many males seem to be hard-wired to a primal, subconscious instinct to experience physicalcontact with a male opponent, to dominate by physical strength or cunning, and finally to dispatch the conquered opponent in deliberate and sadistic fashion, frequently by impaling them with a weapon; the visual symbolism of this act is hardly subtle.
This instinct for many males has a sexually stimulating subtext, and is by no means an exclusively homosexual phenomenon; indeed many straight males respond to it, and more subtle representations of it are frequently visible in pop culture (for example, David Fincher’s, yet it is rarely approached directly.

“OverKill” presents a fantasy expression of this fetish, with all its peculiarities; the film is not about bloody, gruesome violence; indeed the attacks and deaths are presented in an idealized, dreamlike manner whose ultimate origins become clear only at the conclusion, which makes clear that this fantasy has seeped into popular culture further than any of us might have dreamt!

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