Thursday, February 02, 2006

DOSSIER ESPECIAL NAZIS


Existe um momento na vida de cada um de nós em que pensamos ser o único no mundo. Somos então a única pessoa a fantasiar o tocar e ser tocado por outro homem, trocar carinhos, beijar, fazer amor ou fuder dependendo da tusa ou da ilusão... então conhecemos alguém ou alguma situação se nos é imposta e de um momento para outro todo um universo até então desconhecido se nos abre à frente.Sentimos estranhos e sós, abafados pelos nossos medos: Botas? Como é possível que tenham este poder de atração sobre mim? E por aí adiante...

Assim como o primeiro beijo, o primeiro homem, a primeira foda, veio também o primeiro a partilhar a mesma fantasia, a mesma paixão pelas botas militares, botas de polícias, o som abafado das botas a marchar, os seus exércitos...
os homens rudes e trabalhadores com suas botas de borracha...
sujos...
pescadores, bombeiros...
aí então, aparece alguém com um fantasia ainda mais requintada, mais sofisticada e mental, que acrescenta algo mais, algo de lúdico e que lateja em estado de potência.
Voltar às brincadeiras de infância ou adolescência onde rapazes brincam de matar uns aos outros, como herois e bandidos...
o castigo aos maus...
eles bem que merecem...
serem humilhados em suas poses e arrogâncias.

As vezes eu penso que filmes série B onde encontramos uma violência exagerada e barata, onde a morte que se morre é de plástico. São em tudo semelhantes aos filmes pornográficos, talvez a grande generalidade das pessoas não pensam sobre o quanto estes se tocam, os orgasmos atingidos nestes reproduzem os sons das cenas violentas nos outros e vice-versa, e são exatamente estas cenas violentas onde os bandidos são surpreendidos pela metralha, ou os orgamos excessivos que arrancam risos à plateia, sobretudo e quase apenas na audiência masculina.

Uma experiência plurisensorial, todos os sentidos alertas para o climax final...e afinal, não era apenas um no mundo...existimos e estamos espalhados por todos os continentes.